domingo, 24 de abril de 2011

Tratado de Versalhes

 Ao final da guerra, o Brasil participou da Conferência de Paz que resultou no Tratado de Versalhes, em 1919, onde o país conseguiu ficar com os navios alemães aprisionados e ainda conseguiram a liberação dos depósitos bancários, feitos em 1914 com a venda de café, que estavam retidos na Alemanha. O Brasil também foi um dos fundadores da Liga das Nações. Após voltar ao Brasil, a Divisão Naval em Operações de Guerra foi dissolvida em 25 de junho de 1919, cumprindo, integralmente, a missão que lhe fora confiada.
 Do ponto de vista econômico, se em um primeiro momento as exportações caíram bruscamente, gerando crise numa economia dependente do café, com o prolongamento do conflito o Brasil passou a ter boas oportunidades comerciais. O aumento da demanda internacional por gêneros alimentícios e matérias-primas forçou o país a mudar sua estrutura econômica basicamente agrícola. É nessa época que o Brasil conhece um surto industrial inédito em sua história, valendo-se também da mão-de-obra imigrante, composta sobretudo por europeus que fugiam da fome e, depois, da guerra. O número de fábricas quadruplicou nos anos da guerra, dobrando o número de operários. A indústria brasileira conquistou o mercado interno e fez diminuir o número de itens importados, modificando parcialmente a face socioeconômica do país.

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A participação na Primeira Guerra

 Durante a Primeira Guerra, o Brasil não teve uma participação tão grande quanto a segunda. Durante a Grande Guerra, o Brasil participou somente fornecendo médicos, aviadores para a Europa, alimentos e matérias-primas para a Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia).
 A marinha brasileira também foi participante da guerra, policiavam o oceano Atlântico e neste policiamento foram contagiados pela gripe espanhola fazendo com que 176 marinheiros viessem a falecer. As mortes brasileiras durante a Primeira Guerra mundial se resumem a estes tripulantes que foram vítimas desse vírus.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Manifestações Populares

 As manifestações tiveram início quando a notícia do afundamento do vapor Paraná, um dos maiores navios da marinha mercante brasileira, carregado de café, de acordo com as exigências feitas a países neutros, foi torpedeado por um submarino alemão. Em Porto Alegre foram organizadas passeatas com milhares de pessoas. Inicialmente pacíficas, as manifestações passaram a atacar estabelecimentos comerciais de propriedade de alemães ou descendentes.

Brasil em Guerra



A princípio o Brasil se manteve neutro em relação a Guerra, buscando não restringir o mercado a seus produtos de exportação, em especial o café. Porém, em 1917 a Alemanha, que estava isolada por via marítima pela armada inglesa, passou a torpedear qualquer embarcação que se dirigisse aos portos de seus inimigos.

 Neste ano, quatro cargueiros brasileiros foram torpedeados e afundados pela ação de submarinos alemães. Quando essa notícia chegou ao Brasil, alguns dias depois, eclodiram diversas manifestações populares na capital. Houve uma intensa pressão de setores poderosos da economia e da política nacional, o que fez o governo brasileiro declarar guerra à Alemanha.
 O Brasil enviou um corpo médico à França e utilizou a Divisão Naval de Operações de Guerra para patrulhar o oceano Atlântico em busca de submarinos alemães. A maior parte das mortes, por volta de 400, foram provocadas, não pela ação de combates, mas pela gripe espanhola após o reabastecimento em Dacar, na África Ocidental francesa.